quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pinganimin

Agora que meu blog ta mais meu - pausa pra agradecer a hermana - resolvi conversar com meu eu lírico (acholindofalarisso), e vou contar toda a verdade sobre Tifani Gondim Miguele, the whole truth*.
Nasci em um grande hospital, da grande São Paulo, em uma grande noite, de grande felicidade.
Papai, mamãe e hermana moravam na casa dos fundos da casa que eu lembro como minha primeira casa, a casa da frente, tinha um corredor enorme e meu quarto com a irmã era enorme, nossa casa tinha cara de: a gente tem os moveis que pode, e todos os motivos pra ser feliz.
Entre, ainda tenho cara de joelho e da pra parar de passar hipoglos na minha bunda? Nossas lembranças são mais o que nos contam, do que o que realmente lembramos.
Eu lembro de um pianinho, onde minha irmã e seus cachos tocavam o hino da alegria e era lindo, assim que ela terminava o espetaculo, eu tocava um hino muito mais alegre, não tão lindo.
Lembro de quilometros de papel higienico se movendo pela casa e como aquilo me fascinava e assustava, isso não pode ta certo, mas também não pode estar errado, é tão lindo!
Lembro o quanto eu adorava ver meu pai passar aquela coisa fofa na cara e sair do banheiro sem barba, e lembro que aprendi a não mexer nas coisas dele quando achei o gilete brilhante e convidativo, e passei nos meus minúsculos dedinhos.
Lembro que eu caia da cama, e ficava gigantemente magoada, por que a cama da minha irmã não empurrava ela toda noite, e se ela era maior, por que me deram a cama mais cruel?
Lembro que minha mãe me arrumava toda menininha (ounão) e a gente esperava meu avo pra que ela fizesse suas unhas e ele me cantasse - nessa casa tem goteira, pinga nimin, pinga nimin, pinga nimin..

Um comentário:

  1. Ah, mas era muito papel higiênico desperdiçado, minha filha. Eu bem lembro. Vc era pior que cachorro quando entrava no banheiro.
    Agora vc nunca morou nos fundos. Quando vc nasceu, a gente já morava na frente.
    E o episódio do coco na parece vc não conta, né?

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